web analytics

Portugal: Os maiores poluidores da atmosfera

Bom dia!!
Hoje partilho o site Climate Trace, onde podem consultar os principais poluidores e emissores de gases para a atmosfera a nível mundial.

Em anexo, podem encontrar o mapa (com os principais setores de atividade poluentes) e um conjunto de dados (principais indústiras poluentes).

Fonte: ClimateTrace, consultado a 28 de dezembro de 2023.

Geografia: Onda de calor no Brasil: sensação térmica chegou a 58,5 graus Celsius no Rio de Janeiro

Onda de calor no Brasil: sensação térmica chegou a 58,5 graus Celsius no Rio de Janeiro

Hemisfério Sul atingido por onda de calor. No Brasil, foram emitidos alertas vermelhos para quase três mil cidades e vilas. Entre outros recordes, o Rio de Janeiro registou 42,5 graus Celsius.

Onda de calor: ocorre quando a temperatura máxima do ar é superior em cinco graus Celsius face ao valor médio das temperaturas máximas diárias no período de referência (1961-1990) durante, pelo menos, seis dias consecutivos – segundo a definição da Organização Meteorológica Mundial. As ondas de calor são relativamente frequentes em Portugal.

Oficialmente, o Verão no Brasil só começa a 22 de Dezembro, mas as temperaturas não estão à espera de uma data no calendário. As notícias dizem que foram emitidos alertas vermelhos para quase 3000 cidades e vilas em todo o Brasil e que mais de cem milhões de pessoas estão a ser afectados por uma onda de calor sem precedentes que, de acordo com as previsões, deverá durar até sexta-feira.

Com os termómetros a subir em várias regiões, foram batidos também recordes de temperaturas máximas. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, as temperaturas atingiram os 42,5 graus Celsius. A cidade de São Paulo registou temperaturas médias de 37,3ºC na tarde de terça-feira, informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

“Estou exausto, é difícil”, disse Riquelme da Silva, 22 anos, à agência de notícias AFP nas ruas da cidade de São Paulo, citado numa notícia da BBC. “Quando chego em casa, a água está fria, senão não consigo nem me levantar porque estou muito cansado. Até para dormir é difícil.” A agência Reuters e outros meios de comunicação avançam que a sensação térmica do calor que sufoca muitas cidades chegou a atingir 58,5 graus Celsius no Rio de Janeiro.

As redes sociais foram também atingidas por uma onda de queixas pelo calor excessivo. A nova onda de calor que atinge o Brasil, sobretudo as regiões Sudeste e Centro-Oeste, fez o país atingir na tarde desta segunda-feira um novo recorde nacional de consumo de energia eléctrica. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Eléctrico, foi alcançado um recorde na procura instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), às 14h17, quando se atingiu o patamar de 100.955 megawatts (MW).

O Inmet emitiu alertas vermelhos para uma grande parte do país, indicando que as temperaturas podem estar 5 graus Celsius acima da média por mais de cinco dias e podem representar um sério perigo para a saúde. Informação divulgada na semana passada pelos especialistas do Inmet mostrou que a temperatura média no país ficou acima da média histórica de Julho a Outubro.

Fontes: Público, Twitter-INMET e INMET, consultados a 15 de novembro de 2023.

Geografia: Junho foi o 5º. mês mais quente dos últimos 92 anos em Portugal

Junho foi o 5º. mês mais quente dos últimos 92 anos em Portugal

O passado mês de junho foi “o quinto mais quente desde 1931” em Portugal continental e o mais quente de sempre a nível global informou, esta sexta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Aquele organismo classifica o passado mês de junho como “muito quente” e “muito chuvoso” e sublinha que foi o quinto mais quente dos últimos 92 anos, com o valor da temperatura média do ar a situar-se nos 21,92 graus Celsius (ºC), um aumento de 2,49 graus em relação ao valor normal dos anos 1971-2000.

O valor mais alto de sempre de temperaturas em junho registou-se em 2004, com um valor médio de 23,25º C.

O IPMA adianta que o valor médio da temperatura máxima do ar, 28.03 °C, foi superior ao valor normal, + 2.68 °C correspondente ao nono valor mais alto desde 1931, enquanto o valor médio da temperatura mínima do ar (15.80 °C) foi mais 2.31 °C superior à normal, sendo o terceiro mais alto desde 1931.

Durante o mês verificaram-se, valores diários da temperatura do ar, acima do valor médio mensal, refere o IPMA, destacando que “o período muito quente de 23 a 30, com quatro dias consecutivos (23 a 26) com desvios da temperatura máxima superiores a 7 °C e da temperatura mínima superiores a 5 °C”.

Ocorreu uma onda de calor com duração de seis a sete dias que abrangeu as regiões do interior Norte e Centro e a região Sul.

Em relação à precipitação, em junho passado registou-se um total de 47.9 mm, o que corresponde a 149 % do valor normal, sendo o terceiro mais alto desde o ano 2000, acrescenta o instituto.

“Durante o mês destaca-se a primeira quinzena, que esteve sob condições meteorológicas caracterizadas por instabilidade atmosférica, com destaque para as regiões do Norte e Centro e em particular as zonas interiores”, lembra.

De acordo com o índice de seca PDSI (Palmer Drought Severity Índex), no final de junho registou-se uma diminuição da área em seca meteorológica e da sua intensidade, afirma o IPMA.

As áreas em seca severa e extrema diminuíram nas regiões do Vale do Tejo e do Alentejo, no entanto, na região do Algarve aumentou a área em seca extrema. A 30 de junho, 85 % do território estava em seca meteorológica, dos quais 26% estava nas classes de “seca severa” e “extrema”.

A nível global, o passado mês de junho foi o mais quente de sempre, com a temperatura média global a ser 0,53 °C superior ao valor médio 1991-2020, superando o junho de 2019, o anterior mais quente.

“Na Europa, o valor médio da temperatura média do ar foi superior ao valor médio 1991-2020 (0,74 °C)”, acrescenta o IPMA.

Fonte: CNN – Portugal, consultado a 8 de julho de 2023.

Geografia: O Efeito de Estufa – Como funciona.

Como funciona o Efeito de Estufa.

O efeito estufa é um fenômeno natural que em condições normais manteria a temperatura média em um nível adequado para a existência de vida na Terra, refletindo o calor do Sol de volta pro espaço. Mas por causa dos Grandes Poluidores e da descontrolada emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) ⎼ como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) gerado pela queima de combustíveis fósseis e criação de gado, e o óxido nitroso (N2O) pelo uso de fertilizantes do agronegócio e queima de resíduos agrícolas ⎼ hoje o planeta está coberto por uma capa densa de gases que age como um “teto” na troposfera aprisionando o calor do Sol e superaquecendo a Terra. Esses gases interferem diretamente no equilíbrio térmico do planeta porque absorvem a maior parte do calor que foi refletida e reemite toda essa radiação infravermelha de volta para a superfície.

Apenas 100 empresas de combustíveis fósseis são responsáveis por 70% das emissões de gases efeito estufa históricas de todo o planeta e as 20 maiores Petrolíferas e Companhias de Gás são responsáveis por um terço de toda essa emissão sozinhas! As petrolíferas também estão associadas a uma série de outros danos ecológicos irreversíveis, violações e crimes como contaminação da água por fracking, invasões, perfuração de petróleo em pequenas comunidades, vazamentos e explosões em oleodutos. Estão também associadas a guerras.

Fonte: Árvore e Água, adaptado. Consultado a 6 de julho de 2023.

Alterações Climáticas – Porque não está Portugal a sofrer com as ondas de calor que assolam a Europa?

Porque não está Portugal a sofrer com as ondas de calor que assolam a Europa?

Graças ao anticiclone dos Açores, Portugal escapou incólume à onda de calor recorde que afecta a Itália, Espanha e Grécia. A Organização Meteorológica Mundial avisou que não há tréguas à vista.
“A explicação do anticiclone dos Açores ajuda-nos a perceber a circulação das massas de ar à superfície. Este anticiclone – que está, neste momento, posicionado exactamente sobre os Açores – faz com que a costa portuguesa seja atingida por um transporte de norte para sul de massas de ar que vêm do Atlântico Norte. Estas massas são relativamente mais frescas”, afirma ao PÚBLICO Alessandro Marraccini, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Alessandro Marraccini compara o fenómeno, em altitude, ao comportamento das ondas. Imaginemos que a crista desta grande vaga esteja agora na região central do Sul da Europa. Como Portugal se encontra num ramo descendente desta onda, que se desloca de oeste para leste, estamos a escapar incólumes ao calor extremo.
“A crista corresponde ao ar quente que vem das latitudes mais baixas e que tende a subir. E há o frio das latitudes mais altas que desce. Nós estamos mesmo na fronteira entre a crista da onda e a parte mais baixa”, esclarece o meteorologista do IPMA.

Notícia completa e fonte: Público, consultado a 22 de julho de 2023.

Alterações Climáticas: “A chegada do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se ultrapassarem recordes de temperatura”

Alterações Climáticas: “A chegada do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se ultrapassarem recordes de temperatura”

O fenómeno El Niño que se desenvolveu no Pacífico tropical pela primeira vez em sete anos “prepara o cenário para um provável aumento nas temperaturas globais e perturbações nos padrões climáticos”, revela a ONU.

O fenómeno climático El Niño, geralmente associado ao aumento das temperaturas a nível mundial, continuará ao longo do ano com uma intensidade que deverá ser “pelo menos moderada”, indicou hoje a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Espera-se que as temperaturas subam em grande parte do mundo.
A Agência norte-americana de Observação Oceânica e Atmosférica (NOAA) anunciou a 8 de junho a chegada oficial do El Niño, assinalando que “poderia levar a novos recordes de temperatura” em algumas regiões.
Segundo um boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado hoje, a probabilidade de que o fenómeno continue durante o segundo semestre de 2023 é de 90%.
Os cientistas da OMM esperam que a sua intensidade “seja pelo menos moderada”, mas o efeito nas temperaturas globais manifesta-se geralmente um ano após seu desenvolvimento, pelo que será provavelmente mais aparente em 2024.
“A chegada do El Niño aumentará consideravelmente a probabilidade de se ultrapassarem recordes de temperatura e poderá desencadear mais calor extremo em numerosas regiões do mundo e nos oceanos”, refere o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, citado no boletim.
“O anúncio da OMM (…) é um sinal para os governos de todo o mundo se prepararem para limitar os seus efeitos sobre a nossa saúde, ecossistemas e economias”, adianta.
Taalas realça, a propósito, a importância dos sistemas de alerta precoce e das medidas de antecipação dos fenómenos climáticos extremos associados ao El Niño para “salvar vidas e meios de subsistência”.

O que é o El Niño?

O El Niño ocorre em média a cada dois a sete anos e os episódios duram geralmente entre nove a 12 meses.
Trata-se de um fenómeno climático natural associado ao aumento das temperaturas da superfície no centro e leste do Oceano Pacífico tropical. Mas o episódio atual, “no entanto, insere-se no contexto de um clima alterado pelas atividades humanas”, sublinha a OMM.
O El Niño é geralmente associado ao aumento da precipitação em partes do sul da América Latina, sul dos Estados Unidos, Corno da África (nordeste africano) e Ásia central.
Pode também causar secas severas na Austrália, Indonésia, partes do sul da Ásia e América Central, enquanto as águas mornas alimentam furacões no Pacífico central e oriental e travam a formação destes na bacia do Atlântico.

Fontes: Sic Notícias, consultado a 6 de julho de 2023
World Meteorological Organization – WMO, consultado a 6 de julho de 2023

Geografia: Seca: barragem que abastece Baixo Alentejo não enche há uma década

Seca: barragem que abastece Baixo Alentejo não enche há uma década

A barragem do Monte da Rocha, em Ourique, fornece água para todo o Baixo Alentejo mas está a 9% e não enche há uma década. No entanto, Manuel Caetano, dono de um restaurante em frente à barragem, acredita que tem muita água ainda para vários anos.
Construída para abastecimento humano e rega, Monte da Rocha nem chegou este ano a disponibilizar água para rega, tal a pouca água que armazenou, destinada apenas a servir os concelhos de Castro Verde, Ourique, Almodôvar, Mértola e Odemira, que num total têm mais de 50 mil habitantes.
Aquele que já foi um grande reservatório de água trazida pelo rio Sado, para rega e para as pessoas de cinco concelhos, tem agora pequenos lagos no centro, longe de um parque de campismo que já teve desportos náuticos na “ementa”, e longe da aldeia de Chada Velha, que “ficava um ilhéu quando a barragem enchia”, recorda, por seu lado, Adílio Guerreiro, agricultor e trabalhador da Câmara de Ourique.
Parece difícil que aqueles pequenos lagos dispersos forneçam água a cinco concelhos mas Manuel Caetano, anos a olhar a barragem, garante que água não faltará nos próximos anos. E Ilídio Martins, presidente da Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (Alto Sado é outro nome para Monte da Rocha), com base em dados técnicos, afiança o mesmo.

As marcas da água são visíveis nas margens

Para já, Monte da Rocha nem parece uma barragem. A erva cresce e seca nas paredes e no leito e onde devia estar água crescem os juncos, as estevas, as urzes, as silvas e pelo menos um pequeno pinheiro já lá está, sinal de que há muito a água não cobre o terreno.
As marcas da água são visíveis nas margens, algumas com datas que Manuel Caetano sabe de cor.
Sentado na esplanada do restaurante, o calor que fica pela tarde e que o espelho de água já não ameniza, Manuel Caetano diz que ainda há quem vá por lá à pesca, mas agora já ninguém leva barcos.
A associação abrange os concelhos de Santiago do Cacém, Odemira e Ourique, mas Ourique praticamente não tem água para regar e parte de Santiago também não.
A associação gere cinco albufeiras, duas das três que estão “no vermelho”, Campilhas além de Monte da Rocha. Campilhas encheu pela última vez em 2013 e a água deste ano é apenas para rega de emergência e para dar de beber aos animais. E soluções para Campilhas, para já, dependem dos céus.
Monte da Rocha é ainda assim diferente. Ilídio Martins afirma que tem apenas 9,5 milhões e metros cúbicos de água, que este ano nem sequer abriu para a agricultura, mas que decorre o concurso público para a execução da obra e que dentro de dois anos a água de Alqueva pode chegar ali. E compor o “azar da natureza”.

Fonte: Sic Notícias, consultado a 8 de julho de 2023.

Geografia: Seca. Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras

Seca. Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, adiantou esta sexta-feira que Portugal tem 77% de capacidade de armazenamento nas albufeiras nacionais, mais 13 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado.

“Face às albufeiras que são observadas pela Associação Portuguesa do Ambiente [APA], Portugal tem hoje 77% de capacidade de armazenamento que compara o ano passado na mesma altura com (…) 64%. Compara também com 46% da capacidade de armazenamento de Espanha”, salientou Duarte Cordeiro.
“Face a junho do ano passado, Portugal tem hoje uma maior disponibilidade hídrica nas suas albufeiras”, acrescentou.
O ministro do Ambiente falava em conferência de imprensa após uma reunião da comissão de acompanhamento dos efeitos da seca no Ministério da Agricultura e da Alimentação, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

“Se temos na maioria das albufeiras uma capacidade acima da média do período de 1990 até 2022, não acontece nas albufeiras do Sado, do Guadiana, do Mira e das ribeiras do Algarve e do Arado. Estamos em observação de zonas críticas, nomeadamente a bacia do Mira e a região do Algarve, em particular a zona do Barlavento”, explicou.
Os dados, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), reportam-se até junho, no qual houve um decréscimo dos territórios em seca extrema ou severa, em relação a maio, passando de 36% para 26%.
“Foi-nos igualmente informado (…) que se perspetiva que haja um aumento do território em seca severa ou extrema durante os próximos meses. Há um alívio durante o mês de julho, mas não deveremos deixar de estar atentos a estes territórios em seca severa ou extrema durante os próximos meses”, salientou o ministro.

Fonte: Diário de Notícias, consultado a 8 de julho 2023.

Notícias: Segunda-feira, 3 de julho, foi o dia mais quente já registrado na Terra

Segunda-feira, 3 de julho, foi o dia mais quente já registrado na Terra, diz agência dos EUA

Dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos apontam que a temperatura média global atingiu a marca de 17,01°C na data.

A segunda-feira, 3 de julho de 2023, foi o dia mais quente da história já registrado numa escala global, de acordo com dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, que são ligados à administração Oceânica e Atmosférica Nacional do país (NOAA).

Na data, a temperatura média global atingiu a marca de 17,01°C, ultrapassando o recorde anterior de agosto de 2016, que era de 16,92°C, enquanto ondas de calor castigavam diversas partes do Hemisfério Norte.

As regiões sul dos Estados Unidos têm sofrido com uma intensa área de calor nas últimas semanas. Na China, uma onda persistente continua a afetar o país, com temperaturas acima dos 35°C. No norte da África, as temperaturas têm chegado próximo dos 50°C.

Mudanças, El Niño e recorde na Antártica

Surpreendentemente, mesmo a Antártica, que está atualmente em seu período de inverno, registrou temperaturas anormalmente altas nesse período. A Base de Pesquisa Vernadsky, da Ucrânia, localizada nas Ilhas Argentinas do continente gelado, recentemente quebrou seu recorde de temperatura para o mês de julho, alcançando impressionantes 8,7°C.

“Esse não é um marco para se comemorar”, declarou a cientista climática Friederike Otto, do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente do Imperial College London, no Reino Unido. “É uma sentença de morte para as pessoas e ecossistemas.”

“Infelizmente, isso é apenas o primeiro de uma série de novos recordes que serão estabelecidos neste ano, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um evento de El Niño em desenvolvimento, empurram as temperaturas para níveis cada vez mais altos”, alertou Zeke Hausfather, cientista de pesquisa do Berkeley Earth.

Efeitos da temporada de calor pelo mundo

No Vietnã, produtores de arroz passaram a trabalhar à noite durante os verões, cada vez mais quentes. Com temperaturas superiores a 37°C em julho, o Vietnã é um dos muitos países do sul e sudeste da Ásia que enfrentam temperaturas recordes, sobretudo, na região de Hanói e no norte.
Nos EUA, a onda de calor que atinge o sul do país já dura duas semanas, com sensações térmicas acima dos 40ºC. Ao menos 13 pessoas morreram nos últimos dias devido às altas temperaturas.
No México, mais de 100 pessoas morreram entre 12 e 25 de junho devido ao calor extremo que atinge regiões do norte do país, informou o governo nesta quinta-feira (29).
Também no fim de junho, a Espanha viveu sua primeira onda de calor do verão e os termômetros ultrapassaram os 44 °C na Andaluzia (sul), segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet).

Fonte: G1 – Globo, consultado a 5 de julho de 2023

Geografia 9.º Ano – Alerta na Europa: secas, incêndios e calor em 2022 revelam retrato “assustador”

Alerta na Europa: secas, incêndios e calor em 2022 revelam retrato “assustador”

A Europa viveu em 2022 o Verão mais quente de que há registo, com direito a grandes incêndios florestais, condições de seca e ondas de calor intensas, revela relatório anual do programa Copérnico.
Em termos mundiais, os oito últimos anos foram os mais abrasadores, sendo 2022 o quinto mais quente de que há registo. Diferentes regiões do planeta testemunharam temperaturas recorde – e a Europa é um bom exemplo disso, tendo vivido o Verão mais quente de que há notícia, com 1,4 graus Celsius acima da média, e 0,3-0,4 graus Celsius acima do anterior Verão mais quente, registado precisamente no ano anterior.

Grande parte da Europa ocidental experimentou ondas de calor em 2022. As temperaturas mais altas nessa parte do continente chegaram a patamares dez graus Celsius mais altos do que as temperaturas máximas típicas do Verão. As temperaturas no Reino Unido ultrapassaram a barreira dos 40 graus Celsius pela primeira vez. O Sul da Europa testemunhou um número recorde de dias com “stress térmico muito forte”. A temperatura média da superfície da água dos mares europeus foi a mais quente de sempre.

Menos neve, solos secos

Há ainda o problema da seca, que tanto afligiu a Europa em 2022. Houve não só baixa precipitação ao longo do Verão, mas também singulares ondas de calor, dando origem a condições de seca prolongada que afectaram sectores como a agricultura, os transportes fluviais e a energia.
A anomalia anual da humidade do solo foi a segunda mais baixa no último meio século (ainda que algumas áreas isoladas tenham apresentado em 2022 condições de humidade do solo maiores do que a média). Samantha Burgess, subdirectora daquele serviço do Copérnico, acrescentou que os países mediterrânicos – Portugal incluído – “tendem a continuar a enfrentar condições de seca esta Primavera e no Verão também”. “Os solos nos países mediterrânicos estão incrivelmente secos”, afirmou a cientista. “Muito provavelmente, vamos ter uma colheita agrícola reduzida este ano…”
No Inverno de 2021/2022, houve menos neve do que o habitual. Por outro lado, a chuva durante a Primavera também ficou abaixo da média em grande parte do continente. Esta combinação perigosa de pouca neve no Inverno e muito calor no Verão favoreceu uma perda recorde de gelo dos glaciares nos Alpes, algo equivalente a cinco quilómetros cúbicos. Durante a conferência de imprensa, Rebecca Emerton comparou este gigantesco volume de gelo à Torre Eiffel. Se colocarmos este cubo imaginário em Paris, veremos que ele teria 5,4 vezes a altura do monumento francês.
No que toca ao Árctico, 2022 foi o sexto ano mais quente da região, sendo que Svalbard (a área norueguesa do Árctico) viveu o Verão mais quente de que há registo. Este degelo contribui, já sabemos, para a subida do mar. Os dados disponíveis para os últimos seis meses de 2022 mostram, em consonância com as previsões científicas, que o nível médio do mar continua a aumentar, tendo alcançado um novo recorde no ano passado.

Fonte: Público Azul, consultado a 23 de abril de 2023.