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Geografia – Níger provoca chuva com químicos para combater seca

Níger provoca chuva com químicos para combater seca

O Níger decidiu provocar a chuva utilizando produtos químicos face à seca que provocou este ano uma grave crise alimentar neste país árido, informaram os serviços meteorológicos.

A tecnologia da “chuva induzida” envolve a utilização de uma aeronave para espalhar produtos químicos nas nuvens, nomeadamente uma mistura de prata, sódio e acetona.

“Foi necessário agir sobre este problema da seca” para ter “muitos mais dias de chuva e ao mesmo tempo aumentar a quantidade de chuva”, explicou Katiellou Gaptia Lawan, diretor do departamento de meteorologia do Níger, que está a conduzir a operação com o consórcio maliense Ibi Air.

O responsável, citado pela agência France-Presse, salientou que existem “muitos períodos de seca prolongada no Níger que perturbam o desenvolvimento das culturas e das pastagens”.

Segundo Katiellou Gaptia Lawan, estas intervenções devem, portanto, visar áreas de cultivo ou de pastagem. O oeste do país, incluindo a região de Niamey, beneficiou das primeiras intervenções no início de agosto, após várias semanas sem chuva. A operação continuará até ao final de setembro, o fim habitual da época das chuvas no Níger.

O clima neste país caracteriza-se por uma longa estação seca que dura de oito a 10 meses e uma curta estação chuvosa de três a quatro meses, entre junho e setembro. O número de dias de chuva varia de norte para sul, com precipitações anuais que se situam entre menos de 100 milímetros, principalmente no norte, e 700-800 mm. No entanto, as inundações afetaram recentemente o deserto do norte, em consequência das alterações climáticas, segundo as autoridades nigerinas.

Além da seca em várias regiões, outras são afetadas por graves inundações que mataram 53 pessoas, prejudicaram 87.942 e feriram 74, de acordo com os últimos números oficiais. Devido à seca e à violência jihadista que tem impedido os agricultores de cultivar os seus campos, o Níger enfrenta este ano uma grave crise alimentar. De acordo com o Governo, mais de 4,4 milhões de pessoas estão em “grave” carência, o que corresponde a 20% da população.

A taxa de desnutrição aguda entre as crianças pode chegar a 12,5%, excedendo o limiar de emergência de 10% estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Cerca de 80% dos nigerinos vivem da agricultura em pequena escala, que depende fortemente das chuvas, e o país tem mais de 52 milhões de cabeças de gado, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária.

Fonte: Sic Notícias, consultado a 23 de dezembro de 2022.

Geografia – Mapa de Praias

Sistemana Nacional de Informação de Ambiente (SNIAMB) – Mapa de Praias

No site do SNIAMB podemos consultar o nível de limpeza e qualidade das águas costeiras, o número de águas balneares, número de bandeiras azuis e outras informações relevantes sobre as nossas praias.

Link: Mapa de Praias, consultado a 14 de agosto de 2022.
Fonte: Sniamb, consultado a 14 de agosto de 2022.

Geografia: Mapa interativo: Portugal tem 75 praias com risco de derrocada

Mapa interativo. Portugal tem 75 praias com risco de derrocada
A Agência Portuguesa do Ambiente divulgou uma lista de 75 praias com arribas perigosas, todas situadas no sul do país.

Com as temperaturas elevadas do verão, um dos destinos preferidos dos portugueses são as praias. A beleza natural da costa portuguesa é muito concorrida como local de eleição de muitos para as suas férias, mas também esconde alguns perigos.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dá conta de 75 praias portuguesas, todas na região do Algarve, onde os veraneantes devem ter especial cuidado com o risco de derrocada de arribas.
Em Albufeira encontram-se 24 praias com zonas de perigo de desmoronamento, tornando este no concelho com mais faixas de risco em Portugal continental.
Em Lagoa, são 17 as praias sinalizadas, enquanto Vila do Bispo tem 11 praias com arribas instáveis e Portimão nove. Em Aljezur estão sinalizadas sete praias em perigo e em Lagos existem cinco praias em risco.
No concelho de Silves, a APA alerta para o perigo nos dois sentidos, Poente e Nascente, na Praia de Armação de Pêra.


Legenda: As 75 arribas de risco no Algarve.

De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, os desmoronamentos ocorrem de forma instantânea, “dependendo de inúmeros fatores, como a intensidade e frequência da ação de agentes climáticos, a fraturação e o tipo de rocha em que a arriba é talhada, a ocupação humana, a presença de vegetação, a vibração, a sismicidade, entre outros”.
As faixas de risco correspondem “à área passível de ser ocupada pelos resíduos de desmoronamentos”, com uma largura igual a 1,5 vezes a altura da própria arriba.
Desta forma, em conjunto com outras entidades, a APA assinalou, com placas de risco, as praias portuguesas cujas arribas estão em perigo de desmoronamento, de modo a evitar cenários indesejáveis. Para garantir o respeito pela sinalética de perigo, a permanência ou circulação em zonas interditas pode levar ao pagamento de coimas, com valores entre os 30 e os 100 euros.

Mapa interativo: 75 arribas de risco no Algarve, consultado a 14 de agosto de 2022.
Informação e folhetos informativos: Agência Portuguesa do Ambiente (APA), consultado a 14 de agosto de 2022.
Exemplo de folheto informativo: Praia do Alvor – Nascente, consultado a 14 de agosto de 2022.

Fonte: Rádio Renascença, consultado a 14 de agosto de 2022.

Notícias: 29 de Junho de 2022: o dia mais curto registado na Terra

29 de Junho de 2022: o dia mais curto registado na Terra
Nos últimos anos, a velocidade de rotação da Terra sobre o eixo (o que determina um dia) tem vindo a aumentar.

A Terra registou o seu dia mais curto desde que se começaram a usar relógios atómicos para avaliar a velocidade da sua rotação, de acordo com o site Timeanddate. Tudo aconteceu a 29 de Junho de 2022: nesse dia, a Terra demorou menos 1,59 milissegundos a completar uma rotação. O dia não chegou assim a ter 24 horas (ou 86.400 segundos).

A Terra gira uma vez a cada 24 horas. Geralmente, frisa-se no Timeanddate, durante longos períodos de tempo, a rotação da Terra vai abrandando. “A cada século, a Terra leva um par de milissegundos ou até mais para completar uma rotação”, lê-se no site. Contudo, apesar deste padrão, a velocidade de rotação do planeta vai flutuando. E, nos últimos anos, <strong>a velocidade de rotação da Terra sobre o eixo (o que determina um dia) tem vindo mesmo a aumentar.

Em 2020, o Timeanddate indicava que a Terra tinha atingido então o seu dia mais curto desde que se começaram a usar relógios atómicos para avaliar a velocidade da sua rotação: 19 de Julho desse ano. Nesse dia, a Terra demorou menos 1,48 milissegundos a completar uma rotação.

E porque se começaram a usar relógios atómicos nessa avaliação? Tudo começou na década de 50 do século passado. Em 1955 foram inventados esses relógios e, anos depois, definiu-se o segundo com base na frequência da radiação electromagnética emitida por certos átomos. A vantagem é que esse segundo “atómico” era muito próximo do segundo “natural” (com base no dia solar). Actualmente, os segundos atómicos são mesmo responsáveis por determinar a hora atómica internacional – afinal, há uma uma rede de centenas de relógios atómicos pelo mundo.

Fonte: Público, consultado a 14 de agosto de 2022.

Notícias: A Floresta Ibérica em chamas – Calor extremo mata na Península Ibérica

Os incêndios florestais
Os incêndios florestais consumiram quase 58 mil hectares, em Portugal, este ano. A área representa mais do dobro da floresta ardida em 2021 no país e a atual onda de calor já terá contribuído para mais de um milhar de mortes.
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, as queimas e queimadas estão na origem de 62% dos incêndios em território nacional, 14% correspondem a fogo posto.
(…)
Calor extremo mata na Península Ibérica
A onda de calor que varre atualmente a Europa está já a ter impacto na Península Ibérica. Na última semana, Portugal e Espanha viram a mortalidade aumentar acima dos níveis esperados para esta época do ano.
(…)
Infografia: A Floresta Ibérica em chamas – Área ardida, em milhares de hectares

Fontes:
Pordata, consultado a 2 de agosto de 2022.
Euronews, consultado a 2 de agosto de 2022.

Notícias: Zonas de Emissões Reduzidas (ZER) de Lisboa e Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) do Porto

Em Portugal as zonas de emissões reduzidas são definidas por cada município. Assim, para saber que zonas estão restritas a certos veículos, ou para saber como obter autorização para circular nessas zonas, deverá consultar os sites das câmaras municipais.

Lisboa:
– ZONA DE EMISSÕES REDUZIDAS (ZER):
A circulação de veículos ligeiros com matrículas anteriores às normas Euro em vigor na ZER da cidade de Lisboa carece de autorizações da Câmara Municipal de Lisboa.
– Autorização para circulação após instalação de equipamento de redução de emissões de poluentes:
A circulação de veículos é autorizada, desde que os mesmos sejam dotados de equipamento de redução de emissões de poluentes, com instalação aprovada pelo IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) e documentação de suporte que ateste a referida redução de emissões. Caso a documentação não refira a norma Euro que o veículo cumpre com o equipamento instalado, será considerado que o veículo melhorou a sua performance ambiental em termos de emissões de poluentes em uma Norma Euro.
(exemplo: um veículo de 1997 que cumpra a norma Euro2, após a instalação do equipamento, passará a cumprir a norma Euro3).
– Quem pode solicitar:
Pessoas singulares ou coletivas com veículos dotados de equipamento de redução de emissões de poluentes, cuja instalação esteja aprovada pelo IMT.
– Autorização especial para circulação por razões de saúde:
A circulação na ZER de Lisboa é autorizada, temporariamente, a veículos de pessoas que, por razões de saúde, comprovem que necessitam de se deslocar ao(s) local(ais) onde serão prestados os cuidados de saúde.
– Quem pode solicitar:
Pessoas singulares ou respetivos cuidadores.
– As Zonas:
Zona 1 (Eixo da Avenida da Liberdade/Baixa) – Veiculos antes da norma EURO 3 ou anteriores ao ano 2000.
Limites da zona: Limite Norte – Rua Alexandre Herculano; Limite Sul: Praça do Comércio, compreendendo a zona entre o Cais do Sodré e o Campo das Cebolas.
Horário: Dias úteis das 7h às 21h
Zona 2 (zona a sul da Avenida de Ceuta, Eixo Norte/Sul, Avenida das Forças Armadas, Avenida dos Estados Unidos da América, Avenida Marechal António de Spínola, Avenida Santo Condestável e Avenida Infante D. Henrique) – Veiculos antes da norma EURO 2 ou anteriores a 1996.
Estes limites implicam que não se pode passar destas artérias para o interior de Lisboa.
Horário: Dias úteis das 7h às 21h
Veiculos Excluidos destas restrições:
– Veículos de emergência e de pessoas com mobilidade condicionada;
– Veículos históricos (certificados pelas entidades oficiais e de acordo com o Despacho n.º 10 298/2001, de 26 de abril);
– Veículos afetos à atividade de transporte em táxi no período compreendido entre 15 de janeiro e 30 de junho de 2015;
– Veículos pertencentes a residentes quanto ao disposto na alínea a), com dístico de estacionamento de residente das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada (ZEDL) n.os 5, 12 e 13; veículos pertencentes a residentes na cidade de Lisboa, quanto ao disposto na alínea b);
– Veículos a gás natural, GPL e motociclos;
– Veículos de polícia;
– Veículos militares;
– Veículos de transporte de presos;
– Veículos blindados de transporte de valores.

Mapa – ZERs de Lisboa.

Porto

Zonas de Acesso Automóvel Condicionado
Para permitir acolher em condições de conforto e de segurança os grandes fluxos e concentração de pessoas às zonas de maior procura, o Município do Porto tem delimitadas algumas Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) onde o acesso, a circulação rodoviária, a paragem e o estacionamento dentro dos seus limites estabelecidos, estão sujeitos a regulação.

Como garantia da segurança e qualidade de vida de todos os que habitam, trabalham e visitam a cidade, pretende-se que, nas zonas Cedofeita, Flores, Ribeira e Santa Catarina, que se situam essencialmente no Centro Histórico, o acesso automóvel seja feito de forma condicionada e sujeito ao registo numa plataforma desenvolvida para o efeito – ZAACPorto .

O sistema de validação do acesso condicionado, nas zonas Cedofeita, Flores, Ribeira e Santa Catarina, está previsto iniciar no dia 16 de janeiro e para garantir o acesso deverá efetuar o registo na plataforma ZAACPorto em https://zaac.cm-porto.pt/ .


Mapa – ZAAC do Porto

Fontes:
egov.pt, consultado a 11 de julho de 2022.
C.M.Lisboa, consultado a 11 de julho de 2022.
C.M.Porto, consultado a 11 de julho de 2022.
ZAAC-Porto, consultado a 11 de julho de 2022.
Comissão Europeia, consultado a 11 de julho de 2022.
Jornal de Negócios, consultado a 11 de julho de 2022.

Notícia: Saúde Pública alerta para perigos de onda de calor com temperaturas acima de 40 graus

A Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo (USPMT) revela numa nota enviada à nossa redação que “é necessário não esquecer que as pessoas mais suscetíveis (os idosos que padecem de doença crónica e as crianças) devem ser afastadas do calor, permanecendo em lugares frescos durante o período mais crítico (entre as 11 e as 17 horas) e termos presente a importância de lhes assegurarmos um consumo adequado de líquidos, para evitar a desidratação.”

Ainda segundo a Saúde Pública do Médio Tejo, “dado que estamos num período em muitas pessoas se encontram de férias, é importante relembrar a importância da utilização de cremes protetores sempre que há exposição solar e frequentar a praia entre as 11 e as 17 horas, fora desse horário pode ser muito prejudicial para a saúde.”
Paulo Luís, delegado de Saúde Pública de Abrantes, indicou os conselhos que todas as pessoas deverão ter em conta, principalmente para os grupos mais vulneráveis.
Para já o alerta é ainda amarelo, mas a subir para laranja ou vermelho, deverá implica outro tipo de medidas. Paulo Luís referiu também que esta onda de calor é mais preocupante porque tem uma duração maior do que as ondas que temos tido nos últimos anos, daí que seja mesmo necessário que as pessoas tenham cuidados acrescidos nestes dias.

De acordo com a página do IPMA esta sexta-feira todo o país está em alerta amarelo e os distritos de Lisboa, Leiria, Coimbra, Santarém, Setúbal, Évora e Beja já estão em laranja.
Já no sábado, ainda segundo a página do IPMA, já quase todos os distritos de Portugal estão com alerta laranja, à exceção de Faro, Viana do Castelo, Aveiro, Viseu e Guarda.
Ora com temperaturas muito altas Hélder Silvano, meteorologista amador e responsável para estação Meteoabrantes, aponta a dez dias, pelo menos, de muito calor, humidades muito baixas, ventos que podem ter rajadas e algumas noites com temperaturas que podem não baixar dos 27 ou 28 graus, ou até mesmo 30, criando condições para o que é habitualmente classificado como noites tropicais.

Notícia completa e fonte: Jornal de Abrantes, consultado a 7 de julho de 2022.

Notícias: Santarém pode acionar plano para ondas de calor se nível de alerta subir

A presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil (CDPC), Anabela Freitas, em declarações à lusa referiu que este órgão se reuniu na tarde de quarta-feira, tendo em conta a previsão de temperaturas elevadas na região, que poderão chegar aos 45 graus centígrados.

Segundo a também presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e da Câmara de Tomar, foi decidido que as Comissões Municipais de Proteção Civil (CMPC) vão reforçar a informação sobre as medidas previstas no plano de intervenção em ondas de calor, sobretudo junto dos presidentes das juntas de freguesia, em particular daqueles que assumiram funções nas últimas autárquicas.

O plano, criado em 2015, estabelece os locais, em cada uma das freguesias do distrito, para onde deverão ser levadas pessoas com maiores fragilidades e que residam em habitações sem condições climatéricas, como idosos, bem como a preparação das unidades hospitalares (que também integram a CDPC) caso seja necessário prestar cuidados médicos, acrescentou.
(…)

Se, num incêndio, for necessário proceder a evacuações, os planos operacionais dos municípios têm identificados os locais e instituições para serem colocadas as populações, adiantou.

Acontecendo a onda de calor num momento em que se vive uma seca, Anabela Freitas afirmou que, na região, apesar do nível da água armazenada ter baixado, em parte por causa da evaporação, essa descida não foi significativa.

“Não está em causa o abastecimento de meios aéreos [para o combate a incêndios], nem para consumo humano na região”, declarou.

Segundo os dados do Sistema Nacional de Monitorização de Recursos Hídricos (SNIRH), a cota de água na albufeira de Castelo de Bode estava, no dia 27 de junho, nos 111,66 metros, valores que se têm mantido mais ou menos estabilizados desde abril deste ano, com a cota a subir cerca de 5,5 metros desde fevereiro, quando registava 106,12 metros.

A albufeira de Castelo de Bode estende-se ao longo de 60 quilómetros, atravessa os concelhos de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Figueiró dos Vinhos, Sardoal, Sertã, Tomar e Vila de Rei (integrando assim os distritos de Santarém, Leiria e Castelo Branco), e abastece uma vasta região até Lisboa, abrangendo três milhões de consumidores.

Notícia completa e fonte: TSF, consultado a 7 de julho de 2022.

Notícias: IPMA – Tempo quente persistente em Portugal continental (Comunicado válido entre 2022-07-06 16:37:00 e 2022-07-12 23:59:00)

Nos próximos dias, Portugal continental irá enfrentar uma situação de tempo quente persistente, que deverá dar origem a uma onda de calor em muitas áreas do nosso território. Esta situação deve-se a um fluxo do quadrante leste na circulação de um anticiclone localizado a nordeste dos Açores, estendendo-se em crista até à Europa Central, que transportará uma massa de ar muito quente e seco sobre o território do continente.

Assim, prevê-se uma subida dos valores de temperatura, em especial da máxima, esperando-se que se atinjam valores acima de 35°C na generalidade do território, exceto em alguns locais da faixa costeira ocidental, onde os valores serão entre 30 e 35°C. No interior do território continental, em especial da região Sul, e nos vales do Tejo e Douro, as temperaturas deverão atingir valores superiores a 40°C a partir de dia 8, podendo alcançar localmente valores acima de 42°C

A temperatura mínima também irá aumentar, prevendo-se a persistência da ocorrência de noites tropicais (mínimas acima de 20°C) em grande parte do território a partir da noite de 7 para 8 de julho.

O vento soprará fraco a moderado predominando do quadrante leste, sendo por vezes forte nas terras altas, rodando temporariamente para noroeste no litoral oeste durante as tardes.

Estas condições meteorológicas, associadas também a valores baixos da humidade relativa do ar, resultarão igualmente num aumento significativo do Perigo de Incêndio Rural, que deverá situar-se nas classes Máximo e Muito Elevado em quase todo o interior Norte e Centro e no interior do Algarve

De acordo com a informação que o IPMA dispõe, esta situação de tempo quente ou muito quente irá persistir até dia 14, com valores de temperatura acima ou muito acima da média.

O IPMA irá continuar a acompanhar a situação, atualizando este comunicado caso se justifique.

Para mais detalhes sobre a previsão meteorológica para os próximos dias consultar:

IPMA – Prev. Descritiva

IPMA – Prev. Significativa

IPMA – Prev.Sam

DGS – Recomendações para temperaturas elevadas

Fonte: IPMA , consultado a 7 de julho de 2022.

Geografia: Ondas de Calor: O que são?, Grupos de Risco, Efeitos no corpo humano, Medidas de autoprotecção

Ondas de Calor:
O que são?

Uma onda de calor, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), “ocorre quando num intervalo de pelo menos seis dias consecutivos a temperatura máxima diária é superior em 5ºC ao valor médio diário no período de referência” (IM).
As ondas de calor têm um grande impacto na saúde humana e contribuem também para a criação de condições propícias à propagação de incêndios florestais.
A consequência deste fenómeno térmico extremo tem relação direta no Homem provocando alterações ao nível do seu estado fisiológico, em particular nos grupos de população idosa, crianças e pessoas com doenças de coração e vias respiratórias, para os quais deverão ser dirigidas ações de sensibilização e prevenção.
As temperaturas máximas para as quais se considera existir uma onda de calor variam muito ao longo do globo terrestre. As situações de calor extremo afetam de forma diferente as populações de regiões temperadas, como é o caso de Portugal Continental, e as que vivem em regiões normalmente mais quentes, que possuem uma aclimatação fisiológica e um estilo de vida adaptado.
A temperatura do corpo resulta de um equilíbrio entre a produção e a perda de calor. No caso da temperatura ambiente subir para valores muito elevados, o nosso organismo tem mecanismos que lhe permitem regular a temperatura, libertando calor. Um dos principais é a transpiração.
A transpiração consiste na libertação de água e sais minerais através da pele e é a evaporação da água à sua superfície que permite o seu arrefecimento. Quando o nosso corpo é exposto a temperaturas muito elevadas, numa tentativa de retomar o equilíbrio térmico, aumenta a produção de suor, e assim perde uma maior quantidade de água e sais minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo.
De um modo geral, as ondas de calor que ocorrem em Junho, em Portugal Continental, encontram-se associadas a uma maior mortalidade do que ondas de calor com as mesmas características que ocorrem em Agosto, sugerindo que o corpo humano tem uma capacidade de aclimatação ao calor.
A sensibilidade do corpo humano a temperaturas elevadas é maior para valores de humidade relativa mais alta. Se a humidade relativa do ar for muito elevada o mecanismo de evaporação do suor é reduzido ou inibido, tornando a libertação de calor menos eficaz.

As ondas de calor são extremamente perigosas e, se não se tomarem as devidas precauções, podem provocar lesões irreversíveis no corpo humano devido a desidratação e, em algumas situações, causar a morte.

Grupos de Risco

Bebés: São especialmente sensíveis ao calor, desidratando com muita facilidade uma vez que os mecanismos de regulação da temperatura corporal ainda são imaturos.

Idosos: Nos idosos os mecanismos de regulação da temperatura corporal já não funcionam tão bem como num adulto saudável, desidratando com facilidade. Geralmente têm muita relutância em beber líquidos, devendo ser incentivados a tal. Devem ingerir diariamente, pelo menos mais um litro de água, ou de outro líquido não açucarado, do que bebem normalmente. Uma boa hidratação nos idosos diminui o risco de doenças do coração e cardiovasculares, inclusive tromboses.

Doentes acamados: Muita roupa de cama aumenta a temperatura do corpo, favorecendo a desidratação, e aumentando, mesmo com uma boa higiene corporal, a possibilidade de contraírem doenças de pele como fungos e “escaras” (feridas na pele). Privilegie roupas feitas de algodão ou linho em detrimento das fibras sintéticas.

Outros grupos de risco: Indivíduos com obesidade, problemas renais, doenças cardiovasculares crónicas e comportamentos de risco (exposição prolongada a sol, ingestão excessiva de álcool etc.).

Efeitos no Corpo Humano

​1 – Cãibras musculares

Em situações de muito calor a transpiração origina a perda de água e sais minerais. Normalmente, a compensação é feita apenas com água, levando a que o tecido muscular se ressinta da falta de sais, reagindo com contracções involuntárias dos músculos das pernas e abdominais que provocam dor (cãibras).

Sintomas

Contracções involuntárias dos músculos das pernas e abdominais; pele fria e húmida; temperatura corporal normal; sem alteração do estado de consciência.

Que fazer?
Repousar num ambiente fresco;
Remover roupas apertadas;
Massajar os músculos afectados de modo a aliviar a dor;
Beber água natural com uma colher de chá de sal por cada meio litro de água (a água deve ser bebida devagar durante várias horas até se recuperar dos sintomas).

2 – Exaustão pelo calor

A exposição a temperaturas muito elevadas e a grande perda de água e sais pode levar a uma situação de exaustão pelo calor.

Sintomas

Dores de cabeça; náuseas; vómitos; tonturas; fraqueza; cãibras; pele húmida e pálida; temperatura corporal normal ou ligeiramente aumentada.

Que fazer?
Repousar deitado num ambiente fresco;
Remover roupas apertadas;
Se possível utilizar soluções comercializadas para hidratação oral, caso contrário beber água natural com uma colher de chá de sal por cada meio litro de água;
Se a vítima estiver com vómitos ou inconsciente deverá ligar imediatamente para o 112.

3 – Golpe de calor

O golpe de calor corresponde a uma emergência médica. Quando exposto durante muito tempo a situações de calor extremo o organismo perde a capacidade de regular a temperatura. A temperatura interna sobe para valores muito elevados podendo provocar lesões internas graves.

Sintomas

Pele vermelha, quente e seca; pulsação rápida e fraca; temperatura corporal muito elevada; vómitos, perda da consciência.

Que fazer?
Ligue imediatamente para o 112 ou leve a vítima para o hospital mais próximo;
Remover roupas apertadas;
Enquanto não chegar ajuda médica deve-se tentar arrefecer a vítima colocando compressas frias ou mesmo sacos com gelo nas virilhas, axilas e peito (zonas do corpo onde ocorre maior transferência de calor) ou mergulhar a vítima em água tépida (20. º c a 25.º c);
Elevar as pernas;
Se a vítima tiver vómitos deve ser colocada em posição lateral de segurança;
Não dar líquidos (a hidratação deve ser feita em meio hospitalar).

Medidas de Autoprotecção

Em dias de muito calor

Ingira água ou outros líquidos não açucarados com regularidade, mesmo que não sinta sede. Pessoas que sofram de epilepsia, doenças cardíacas, renais ou de fígado ou que tenham problemas de retenção de líquidos devem consultar um médico antes de aumentarem o consumo de líquidos;
Se tem idosos em casa incentive-os a beber pelo menos mais um litro de água por dia para além da que bebem normalmente. Eles vão rejeitar mas deve insistir;
Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos;
Em casa, durante o dia, abra as janelas e mantenha as persianas fechadas, de modo a permitir a circulação de ar;
Durante a noite, abra bem as janelas para que o ar circule e a casa arrefeça;
Evite sair à rua nas horas de maior calor, mas se tiver de o fazer, proteja-se usando um chapéu ou um lenço;
Vista roupas leves de algodão e de cores claras. As cores escuras absorvem maior quantidade de calor;
Evite usar vestuário com fibras sintéticas ou lã. Provocam transpiração, podendo levar à desidratação;
Evite fazer exercício físico ou outras actividades que exijam muito esforço;
Evite estar de pé durante muito tempo, especialmente em filas e ao sol;
Se tiver oportunidade, desloque-se nas horas de maior calor para locais com ar condicionado;
Um pequeno duche de água tépida arrefece o seu corpo rapidamente aumentando o seu conforto. Se o seu corpo estiver muito quente não deve tomar banho com água muito fria;

Quando Viajar:

Viaje de preferência a horas de menos calor ou à noite;
Quando viajar de automóvel faça-o por períodos curtos. Se tiver que fazer grandes viagens leve consigo água ou outros líquidos não alcoólicos e não açucarados em quantidades suficientes;
Proteja os passageiros da exposição ao sol, cobrindo as janelas com telas apropriadas, que não dificultem ou prejudiquem a condução;
Nunca viaje com as janelas totalmente fechadas a não ser que tenha ar condicionado no seu carro;
Se viajar com crianças mantenha-as o mais arejadas possível, vestindo-lhes o mínimo de roupa e dando-lhes frequentemente água a beber:
Se viajar com bebés tenha em atenção que o leite é a sua refeição normal e que no intervalo entre as mamadas devem beber bastante água;
Tenha atenção aos idosos que viajam consigo. Não devem vestir de negro nem roupas de fibra sintética e devem também beber um suplemento de água;
Coma poucas quantidades de cada vez e várias vezes ao dia;
As refeições devem ser ligeiras, sopas frias ou tépidas, saladas, grelhados, comidas com pouca gordura e pouco condimentadas, acompanhadas de preferência com água, chá fraco ou outros líquidos não açucarados;
Não beba bebidas alcoólicas. Num organismo desidratado são absorvidas rapidamente podendo levar a estados de embriaguez com maior facilidade.

Na praia:

Vá à praia apenas nas primeiras horas da manhã (até às 11 horas) ou ao fim da tarde (depois das 17 horas). Mantenha-se à sombra, use chapéu, óculos escuros e cremes de protecção solar. Uma exposição ao sol prolongada leva a queimaduras de pele que só por si aumentam a perda de líquidos.

Não se esqueça que os bebés e os idosos são especialmente sensíveis às ondas de calor.

Fonte: ProCivc, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, consultado a 7 de julho de 2022.